Dúvidas sobre como escolher um probiótico são muitas e muito comuns, tendo em consideração a larga quantidade de publicações científicas ao nosso dispor, que relacionam o papel da saúde intestinal com a nossa saúde.
A questão é que nem todos os suplementos são iguais, pelo que devemos saber como escolher um probiótico.
A necessidade (ou não) de tomar um probiótico
Os probióticos são microrganismos (bactérias e leveduras) que apoiam vários aspetos da saúde geral, fornecendo cepas benéficas de organismos que ajudam a repovoar a flora intestinal.
Embora a investigação científica ainda esteja no início, quando se trata da relação de causa e efeito, existem alguns estudos que mostram que o uso de probióticos pode levar uma:
- Redução da resistência à insulina
- Redução dos processos inflamatórios
- Melhorias na fertilidade e gestação
- Redução de infeções do trato urinário e vaginal
- Redução da ansiedade e depressão
- Melhoria do sono, ritmo circadiano e diminuição do stress
- Melhoria na obstipação, inchaço e diarreia
A toma de probióticos tem sido associada à redução do stress, a uma melhoria na qualidade do sono e memória, especialmente quando falamos de cepas de Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei, Bifidobacterium bifidum e Bifidobacterium longum que mostraram benefícios em quadros de ansiedade e depressão.
Devido a estas descobertas sobre a conexão intestino-cérebro criou-se um novo campo de estudo: os psicobióticos, onde se investiga o uso de probióticos para melhorar o humor e a função cognitiva.
Além disso, a toma de probióticos a partir dos 30 anos também parece ser importante para ajudar a prevenir a perda óssea das mulheres na menopausa.
Como escolher um probiótico
O probiótico deve conter pelo menos 10 bilhões de UFCs de uma variedade de Lactobacillus e Bifidobacterium, especificamente Bifidobacterium infantis e B. longum, espécies que ajudam a restaurar o equilíbrio normal da flora e a reparar a função da barreira intestinal.
Normalmente, recomendo tomá-los diariamente durante alguns meses por ano.
Em situações onde existe uma disbiose significativa, os probióticos podem não ser a melhor opção no momento, uma vez que podem agravar os sintomas, causando mais gases e inchaço abdominal. Nesses casos, convém, primeiro, tratar a disbiose e só depois voltar a introduzir o probiótico.
A alimentação como fonte de probióticos
É certo que é mais fácil ingerir um suplemento do que estar a pensar sobre que alimentos ingerir de forma a que atuem no nosso intestino como probióticos, mas, na realidade estes alimentos, muitas vezes, são bem mais eficazes do que os suplementos.
Os alimentos naturalmente fermentados são importantes para a recuperação do nosso microbioma e não devem ser descurados uma vez que apoiam a manutenção do sistema imunitário e reduzem a inflamação.
Logo, devemos incluir uma variedade de alimentos fornecedores de organismos benéficos para o nosso intestino. Assim, idealmente deves incluir diariamente alimentos como iogurte de coco, kefir de coco, azeitonas curadas, pickles e chucrute.
Lembra-te que tudo está interconectado e que o intestino, aparentemente, é uma peça essencial na nossa saúde.