Por vezes, quando vou passear com o meu pequeno gosto de observar com atenção tudo o que se passa à minha volta.
Vejo famílias carinhosas e brincalhonas…famílias stressadas e frustradas…mas o que vejo mais são crianças pequenas a comer chupas, gelados, rebuçados, bolachas, chocolates, bolos…como quem come fruta!
Confesso que me incomoda ver crianças tão pequenas a consumir tanto açúcar, tantos alimentos processados…tantos alimentos embalados com ingredientes de nomes estranhos!!
Então lembrei-me de partilhar contigo um tópico escrito pelo Gabriel Mateus do Projecto Safira onde ele explica muito bem a forma como absorvemos o açúcar.
Achei tão interessante que resolvi partilhar aqui, na expectativa que te seja tão útil como foi/é para mim:
“A carga glicémica é muito importante para determinar o real impacto de um alimento de acordo com uma porção normalmente consumida.
Os índices glicémicos são calculados utilizando-se 50 gr dos hidratos de carbono de um alimento (quando se trata de açúcares ou geleias, essa quantidade corresponde a 50 gr do produto, uma vez que este é composto unicamente de hidratos de carbono).
A carga glicémica mede o impacto que uma porção de um determinado alimento tem sobre os níveis de açúcar no sangue, o que nem sempre corresponde aos 50 gr de hidratos de carbono. Nem sempre um índice glicémico corresponde a uma carga glicémica alta.
Por exemplo: a melancia tem um índice glicémico alto, mas para se atingirem os 50 gr de hidratos de carbono teríamos de comer muitas melancias, pelo que tem uma carga glicémica baixa, ou seja, comer melancia em doses normais não tem um impacto significativo sobre os níveis de açúcar no sangue.
Quando estamos a avaliar um açúcar (de qualquer tipo), o índice glicémico corresponde sempre à carga glicémica (isto é, se tiver um índice glicémico alto, tem também uma carga glicémica alta).
A estrutura total de um alimento altera a forma como digerimos e absorvemos esses açúcares, o que explica porque certos alimentos podem ser ricos em açúcares naturais e ainda assim terem benefícios para a saúde, inclusive em diabéticos.”