Atualmente dispomos de muitas opções para lidarmos com os sintomas da menopausa, como as mudanças de humor, a depressão, a perda de massa óssea e níveis de estrogénio flutuantes.
Mas a opção mais surpreendente pode vir de um grande e delicioso alimento antigo: a romã.
As romãs começaram a ser cultivadas há mais de 4.000 anos e o seu nome remonta a cerca de 750 aC. derivando do latim “Punumum malum” que significa “maçã fenícia”. Hoje, a romã é chamada de “maçã chinesa”.
Apesar da sua comparação frequente com a maçã, a romã tem uma semelhança impressionante com o ovário feminino além disso também fornece os mesmos estrogénios que o ovário da mulher – estradiol, estrona e estriol.
O que significa que para uma mulher na menopausa, a romã pode ajudar a reduzir os estados depressivos, o risco de osteoporose, de cancro da mama e de doença cardíaca.
Diminuição da massa óssea: Num estudo de 2004 no Journal of Ethnopharmacology, os ratos aos quais lhes foram retirados os ovários, sofreram diminuição de massa óssea acelerada, um sintoma típico da menopausa.
Quando estes foram alimentados com um extrato de sumo e sementes de romã durante 2 semanas, a sua densidade óssea reverteu para níveis normais.
O mesmo estudo constatou que os ratos que receberam extrato de romã tinham níveis mais baixos dos indicadores de depressão.
A taxa de morte por doença coronária em mulheres após a menopausa é de 2 a 3 vezes superior do que das mulheres antes da menopausa e aqui novamente, as romãs oferecem benefícios.
- Diminuição da Hipertensão – Um pequeno estudo clínico realizado em 2004 concluiu que beber um copo de sumo de romã por dia pode ajudar a baixar a tensão arterial, reduzir a oxidação do colesterol e reverter o acúmulo de placa nas artérias carótidas até 29%.
- Coagulação do sangue – Um estudo no Journal of Medicinal Foods mostrou que o sumo de romã retarda a agregação plaquetária evitando a coagulação.
- Combate a Aterosclerose – Um estudo de 2001 mostrou que o consumo de sumo de romã possui propriedades anti-ateroscleróticas. Para isso, foi estudado o efeito do consumo do sumo de romã (50 ml, durante 2 semanas) em pacientes hipertensos. Observou-se um decréscimo de 36% na atividade sérica da enzima conversora de angiotensina e uma redução de 5% na pressão arterial sistólica.
Cancro da mama
Estudos de laboratório mostraram que as antocianidinas da romã (pigmentos de plantas), flavonóides e óleos exercem efeitos anticancerígenos nos tumores mamários.
A romã é uma fruta adaptogénica que aumenta os níveis de estrogénio quando no corpo estão em baixo, mas bloqueando o estrogénio quando os níveis estão elevados.
Essa inteligência inata para adaptar a sua função às necessidades do corpo é um benefício incrível que só os alimentos têm.
O extrato de romã chegou a ser comparado com os medicamentos de Tamoxifeno e Estradiol num estudo de 2011 no Journal of Nutritional Biochemistry.
No fim do estudo, os pesquisadores sugeriram que o extrato de romã pode potencialmente prevenir o cancro de mama estrogénio dependente.
Agora, como aplicar este conhecimento?
Um copo de 236ml de sumo de romã contém cerca de 40% da DDR de vitamina C e também é rico em vitaminas A e E e ácido fólico, por isso, a dose a beber de sumo de romã varia entre os 50ml a 236ml por dia, se for um extracto concentrado, é recomendável que a dose seja mais baixa (50ml) se for um batido de romã caseiro, a dose já poderá chegar facilmente aos 236ml por dia.